ARMINDO MACHADO NA PRIMEIRA PESSOA

ARMINDO MACHADO
"Uma das conquistas do 25 de Abril, contrariamente ao que se habitualmente se diz, não foi a liberdade, mas sim a responsabilidade de lidar com a liberdade do próximo. No que á imprensa diz respeito, maior responsabilidade foi acrescida, já que pode ferir indelevelmente a imagem pública de um cidadão íntegro sem jamais a poder reparar nunca. Que é o caso! Para alem de obrigações legais tais como a disponibilização ao contraditório, e a obrigação de ouvir a ou parte contrária antes de comunicar a noticia sob pena de ser parcial e faccioso e cometer o crime publico de publicar uma mentira com o propósito de prejudicar outrem.
É exactamente o caso desta e de outras notícias semelhantes. Só foi ouvida uma parte, que mentiu e irá responder judicialmente por isso, e a minha parte nunca foi auscultada, sendo em consequência disso objecto de todo o tipo de insultos e ameaças, designadamente de morte por cobardes escondidos na sombra do anonimato. Obviamente este assunto está desde finais da semana passada entregue ao ministério público, sendo já objecto de inquérito e alguns dos intervenientes prevaricadores judicialmente notificados, por ofensas ao bom nome e integridade física. Não se brinca com gente séria. 

Para demonstrar quão monstruosa é esta campanha movida essencialmente pelo desejo de vingança do Magalhães e intempestivamente acompanhada pelo Magano, que entretanto mostra arrependimento – e acredito que seja sincero – devo formalmente anunciar que da minha lista de dispensas constavam inicialmente, como definitivos 2 elementos – o Domingos, o Cambey – por razoes meramente de ordem competitiva, pois com ambos sempre tive e tenho as melhores relações. Posteriormente e por questões orçamentais foram necessário tomar decisões que me obrigaram a optar pela dispensa do Magano, apesar de inicialmente não ser essa a intenção, dado que não fazia o menor sentido ficar com 4 Pivots defensivos. Quanto ao Magalhães, nunca foi colocada a situação de dispensa, a não ser a partir de 2 semanas de acontecimentos que virão a público e algumas delas tratadas em tribunal. Se o Magalhães não tivesse tido os comportamentos, e todos eles ressalve-se, relacionados com exigências financeiras, hoje seria jogador do clube.

Entretanto os posteriores acontecimentos, como anteriormente frisei, serão um caso de justiça que será resolvida no local próprio – pois é para isso que existem o tribunais e disso eu não abdico, nem que seja a última coisa que faça na vida. O Magalhães não foi dispensado, o Magalhães desenvolveu atitudes que me obrigaram a dispensa-lo e disso farei prova formal e publica.

Num plantel de 23, serem por assim dizer 4 dispensados, não me parece objecto de notícia. A não ser que algo de maior esteja por detrás. E Aí fica ao critério de cada um a respectiva interpretação. Entretanto gostaria que fizessem um exercício de raciocínio e relacionassem a qualidade de percurso relativamente aos atletas que entram em comparação com os que saem, e segundo a minha opinião, parece claramente que o clube ficará a ganhar. Em termos financeiros de certeza, pois os que entrarão irão auferir perto de metade, do salário do ano passado auferido pelos que saíram. Portanto em circunstâncias normais seria de relevar a diminuição do salário e o aumento de qualidade. Mas enfim, para os mais atentos e todos aqueles que de uma ou outra maneira me tem feito chegar fortes sinais de solidariedade e de ânimo é-lhes evidente o que está por detrás desta campanha enganosa e suja, que terminará no momento em os culpados se sentarão frente-a-frente comigo, na justiça. Que aí ninguém se poderá esconder no anonimato nem dizer verdades parciais. Ou mentiras vis.

Complementando e até porque já foi noticiado em vários jornais, os restantes jogadores que chegaram a acordo em baixar o salário, ficaram no Leça, como é o caso do Cláudio e Tiago, O Tiago André, o Madalena e José Soares, o Amaral, O Moura e Ricardinho e o Paiva e o Rui Ramos. O Ricardo Teixeira (Camião) depois de múltiplas negociações não chegou a acordo dado ter clubes que lhe ofereciam melhores condições. As exigências financeiras, nem tanto quanto ao salário actual, mas a resolução do passado, legitimas, do Sérgio conduziram a mesmo resultado. O José Augusto comunicou-me educadamente assim como o João e o Sequeira que seguiriam outras oportunidades, sendo que o Zé Augusto tentaria o futebol profissional, tendo-o incentivado, pois reconheço nele qualidades. O Festas por questões familiares e financeiras, abandonou o futebol. 

Entretanto deixo a critério de cada um, em consciência, que analise e conclua sobre este estado de coisas e tente perceber para alem do aparente e não se deixe influenciar por quem se move por sentimentos de simples vingança.Aos Verdadeiros leceiros, genuínos, que não se movem por dinheiro nem outros interesses, que me dêem o benefício da dúvida, e me deixem falar em campo com resultados, se a razão me assistia ou não. Sei que nos últimos 3 anos o, nosso Leça lutou desesperadamente para não descer, com orçamentos superiores no dobro do que eu tenho este ano. Tenho o orçamento mais baixo da 3ª divisão. Metades dos clubes da Honra dos regionais pagam mais que nós este ano. Mas mesmo assim lanço o desafio – com metade do dinheiro sou capaz de fazer muito mais do que foi feito. Dêem-me o benefício da dúvida e depois cobrem-me, em campo. Estou disposto a pagar ali no local desportivo onde tudo é as claras.

Os meus cumprimentos leceiros a quem verdadeiramente ama o Leça.
Fim de citação

FONTE: http://mtsfootbal.blogspot.com/